Segundo a mitologia grega Têmis era a deusa da Justiça, da lei e da ordem e protetora dos oprimidos. Inicialmente, Têmis era representada como uma divindade de olhar austero e segurava uma balança em uma das mãos, e, em outra, uma cornucópia (uma espécie de espada). A imagem da Têmis, como conhecemos hoje, passou a ter a venda nos olhos por criação de artistas alemães do século XVI. A faixa cobrindo-lhe os olhos significava imparcialidade: ela não via diferença entre as partes em litígio, fossem ricos ou pobres, poderosos ou humildes, grandes ou pequenos.


FONTE: http://webmais.com/os-olhos-abertos-de-temis/

Diké (ou Dice) filha de Zeus com Têmis, é a deusa grega dos julgamentos e da justiça (a deusa correspondente, na mitologia romana, é a Iustitia), vingadora das violações da lei.

Era uma das Horas. Com a mão direita sustentava uma espada (simbolizando a força, elemento tido por inseparável do direito) e na mão esquerda sustentava uma balança de pratos (representando a igualdade buscada pelo direito), sem que o fiel esteja no meio, equilibrado. O fiel só irá para o meio após a realização da justiça, do ato tido por justo, pronunciando o direito no momento de "ison" (equilíbrio da balança). Note-se que, nesta acepção, para os gregos, o justo (Direito) era identificado com o igual (Igualdade).

É representada descalça e com os olhos bem abertos (metaforizando a sua busca pela verdade).



FONTE: Wikipedia

Indice

quinta-feira, 29 de abril de 2010

    1:45 da manhã.
    Um solitário no Pc, insône, faminto por novidades e entediado, precisando escrever algo para atualizar dignidamente seu quase esquecido blog, e sem idéias. Eis que esse entediado insône fuça uma página qualquer na net e acaba parando numa notícia que ele já havia visto: Cd de Slash e convidados.
     Pois bem. Há algum tempo atrás, esse ser desprovido de sono em uma horário tão impróprio, horário no qual as criancinhas já estão dormindo para acordar bem e os crescidinhos estão dormindo para partir para um dia de labuta, já havia escutado umas 3 ou 4 músicas desse tal Cd novo do guitarrista Saul Hudson, conhecido unanimamente não como Saul Hudson, mas com a famosa alcunha de Slash. E, convenhamos, se você não esteve passando férias em um dos anéis de Saturno nos últimos 25 anos, sabe que Slash é: ex-guitarrista da banda Guns ´n Roses, ex-guitarrista da banda Slash´s Snakepit(oh que moral, bandinha com seu nome, tambem quero, só falta aprender a tocar e ter um ou dois escândalos na "vida pessoal" e na "vida artistica"), guitarrista em animação suspensa da banda de Velvet Revolver e pau-pra-toda-obra de cantores que precisem de um guitarrista pra uma parceiria.
     Enfim, havia ouvido superficialmente as músicas desse tal Cd e, mesmo admirando profundamente o trabalho de Slash, no qual uns 70 % da população costumam meter o pau taxando de músico medíocre, não havia tido a decência de parar, prestar atenção e analisar friamente, música por música, esse famigerado Cd. Até que enfim o fiz.
     E me surpreendi gratamente: o tal Cd é bom! Embora se mantenha apenas no mediano durante boa parte de sua extensão, gratas surpresas me fizeram admirar essa iniciativa do cabeludão de cartola e me encantar com algumas das parceirias que ele realizou no disquinho.
    Portanto, na falta de um outro tema por agora,  com a companhia deliciosa de todas minhas madrugadas(não, não é uma namorada atenciosa e sedutora, infelizmente, é apenas café preto, amargo e forte ao extremo), resolvi tentar, como leigo total na parte "ténica" da música, analisar o que captei do Cd. Procurarei não me ater demais ao que achei mediano, apenas destacarei o que de forte apareceu nesse álbum.
















‘Ghost’ (part. Ian Astbury, do The Cult)
‘Beautiful Dangerous’ (part. Fergie, do Black Eyed Peas)
‘Nothing To Say’ (featuring M Shadows, do Avenged Sevenfold)
‘Crucify The Dead’ (featuring Ozzy Osbourne)
‘Promise’ (featuring Chris Cornell, do Audioslave)
‘By The Sword’ (featuring Andrew Stockdale, do Wolfmother)
‘Doctor Alibi’ (featuring Lemmy Kilminster, do Motorhead)
‘Saint Is A Sinner Too’ (featuring Rocco De Luca)
‘Watch This’ (featuring Dave Grohl and Duff McKagan, do Foo Fighters e do Velvet Revolver, respectivamente)
‘I Hold On’ (featuring Kid Rock)
‘Gotten’ (featuring Adam Levine, do Maroon 5)
‘We’re All Gonna Die’ (featuring Iggy Pop)
‘Starlight’ (featuring Myles Kennedy, do Alter Bridge)



 ."Ghost", com a participação de Ian Astbury, do The Cult. Foi a última do CD que ouvi, e a primeira que comecei a amar. Com Ian, não haveria de ser de outro jeito: o vocal simplesmente se encaixa perfeitamente no clima da música, algo que me faz pensar de cara nos anos 80. Me trasminte uma sensação nostálgica, deliciosa. Riffzinho grudento, hipnotizante, achei a melhor do CD, disparadamente. Dá saudade de ficar ouvindo os albuns do The Cult a tarde toda...




 ."By the Sword", com a participação do ex-cabeludo(para tristezas de muitAs)vocalista/guitarrista da banda Australiana de Hard Rock Wolfmother, Andrew Stockdale. Falem o que quiser da voz de Andrew, taxem-na de irritante, enjoativa, desafinada, mas eu curto pra caralho o vocal do cara, ainda mais somado com todo o instrumental da banda Wolfmother, que traz todo aquele clima "anos 70", muslcalmente falando, relembrando bandas excepcionais que não são mais criadas, como Led Zeppelin, Black Sabbath, The Who, etc.
      Nessa música, somada a uma pegada do jeito que Slash está acostumado a fazer, com uma pentatônica básica porém marcante, a voz de Stockdale dá o tom perfeito à uma música bem ritmada, de refrão simplesmente cativante e chiclete, com um agradável trabalho de Bateria. Stockdale segura bem os agudos, com seus "gritinhos" à la Syndel(quem conhece Mortal Kombat, sabe do que estou falando , hehe), mas que não me desagradaram em nenhum momento. Destaque tambem para o solo de Slash, um solo para se ouvir, sentir e adorar.




   ."Beautiful Dangerous", com a participação da Pop Fergie. Aqui, a maior surpresa do Cd, para mim: junto com outras cantoras que não aproveitam do jeito certo seus talentos, como Shakira, Cristina Aguilera e Alanis Morissete, Fergie mostra que está muito a frente de vários pseudo-roqueirinhos e pseudo-roqueirinhas por aí. Ela manda BEM, MUITO BEM ao tentar dar seu jeito de emular um vocal puxado pro Hard Rock, criando um resultado bem agradável aos ouvidos(pelo menos aos meus ouvidos), mostrando que tem potencial vocal e jeito pra coisa. Por isso, aviso desde já: criticar sem conhecimento de causa é burrice, e Fergie aparece nesse Cd para dar uma ênfase brutal nisso. Entretanto, tambem não deve-se esperar mais do que isso, um conjunto harmonioso entre a pegada tradicional e o vocal equilibrado da senhorita Stacy Fergunson.




    ."Doctor Alibi", com participação de Lemmy MOTHERFUCKER Kilminster, do Motörhead. Eu não esperava outra coisa: com o homem da cartola assumindo a guitarra e o motherfucker Lemmy, o bom e velho Frontman da banda Motörhead nos vocais, não há como algo sair errado. O que sai é Rock, do melhor e mais puro, sem frescuras, rotulações, firulas ou besteiróis. É um soco na boca e uma joelhada no estômago, musicalmente falando, uma mensagem passada diretamente ao cérebro, como Lemmy sempre soube fazer, às vezes mais, às vezes menos. Elegeria como a segunda melhor do Cd, atrás de "Ghost", apenas.


     ."Crucify the Dead", com participação de Ozzy "BatEater" Osbourne. Ozzy mostra que não perde o jeito nunca, mostra que é atemporal, uma lenda viva, conduzindo lindamente o ritmo desta música, na qual , para mim, Slash é, mais do que em qualquer outra, mero coadjuvannte de um excelente vocalista, um imortal do Rock, ainda que faça um belo trabalho, porém previsivel, em seu solo. A música traz uma atmosfera meio "gótica", rústica, sempre trazendo à tona os bons tempos de Black Sabbath e de algumas coisas que você ja possa ter ouvido dentro do Gothic Rock.Um dos pontos altos do álbum.


        


      E é isso, esses são os pontos altos do CD, em minha humilde e leiga opinião. Avalio como um não-entendor da parte "técnica" da Música. Não sou gabaritado para ficar reparando se esse ou aquele acorde se encaixa esteticamente no que é considerado bonito, não sou habilitado para saber se tal timbre é, realmente, adequado para a música. Apenas avalio o que cada música me fez sentir ao ouvi-la, e é essa a sinceridade que tento passar através de minha postagem. Espero que alguem que leia se identifique. Aos demais, é aquela velha história: "gosto é que nem ânus..."

sábado, 3 de abril de 2010

      Não sou verdade absoluta, nem plena mentira. Não sou a alma que se atira no fosso negro da ilusão, nem a alma que morre em vida ao escolher estar morta. Não sou o perdão, nem o carrasco. Não sou o medo, não sou o delírio, não sou a confissão de morte prostrada perante o confessor. Não sou aqui, mas tambem não sou lá. Talvez não seja a leste e nem a oeste, e tambem não sou o norte de ninguem, talvez nem o meu próprio. Não sou o pecado espiado através dos olhos do pecador e, muito menos, a salvação observada pelos olhos do puro de coração.
      Tão fácil dizer quem não sou, tão dificil dizer quem sou. Pois eu mudo. Sou um agora, sou outro depois, sou este hoje e aquele, amanhã. Sou um milhão dentro de mim mesmo, em cada atitude, cada pensamento, cada vontade, cada revolta, cada insatisfação, cada dúvida, cada angústia.  Sou um, e o medo me torna outro. Sou medo, e a paixão me muda novamente. Sou paixão, e o tédio me transforma em mais uma parte (ir)relevante. Quem sou, quem não sou, quem posso ser e quem fui, cada coisa dessas, uma onda translúcida em um mar revolto de caos. Sou o orgulho, sou a inconstância, sou as mil faces do Coringa, sou a parte boa da alma má, e tambem sou o lado negro da alma boa. Quem me dera ser um, quem me dera não ser fragmentado e tão singular. Sou mais do que ontem, menos do que amanhã, e exatamente igual ao que gostaria de (não) ser.
      Matheus é orgulho? Certamente. Matheus é desconfiança? Indubitavelmente. Matheus é paixão? Quando despertado, sim. Matheus é amor? Tão raro quanto uma estrela brilhante não ser notada no céu solitário. O fato maior É: Matheus continua sendo, em essencia, apenas UM, mas, ele será para voce o que voce despertar nele.

sexta-feira, 2 de abril de 2010